Métodos não funcionam
- marina.grilli.s
- 29 de ago. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de mar.
É muito comum que professores de língua iniciantes comecem a ensinar em uma escola que oferece treinamento metodológico. Esse foi o meu caso, e o da grande maioria dos professores que conheço.
A gente raramente começa oferecendo aulas particulares, tanto por não saber como atrair alunos, quanto por não ter segurança sobre como ensinar. A exceção é quem começa ensinando amigos e parentes, e isso pode ser duplamente arriscado, né?
Quem já participou de treinamento em escola de idiomas sabe que a função dele é que você memorize um passo a passo predeterminado. Em um primeiro momento, isso pode até diminuir a insegurança de quem está começando. O problema é:

O tal passo a passo não garante nada a quem está tentando aprender.
Vou reformular. Ao ensinar outra língua, não importa o método que você escolha: é certo que ele não vai funcionar perfeitamente para a maioria das pessoas.
Já se fala disso nas pesquisas da Línguística Aplicada desde o fim da década de 80, sabia?
Acontece que, assim como a crise na Educação de modo geral, o fracasso do ensino de línguas no Brasil não é crise, é projeto. A gente aprendeu a se conformar com os métodos importados, e, consequentemente,
a se conformar que todo brasileiro tentando aprender outra língua tenha um desempenho meia boca, sinta vergonha de falar e nunca saia do nível intermediário.
Para sair disso, a gente tem que enxergar Além da Língua. Superar esse adestramento e retomar a Educação Linguística leve e eficaz. Quando foi que transformamos o nosso trabalho em sinônimo de reproduzir regrinhas sem pensar - e sem incentivar nossos alunos a pensarem?
