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Amigos da escola

Ensino bilíngue não é o caminho

para a fluência do aprendiz brasileiro em qualquer outra língua,
 
nem para o sucesso de qualquer instituição de ensino que deseje oferecer o melhor aos alunos e suas famílias.


Entenda por quê.

Nos últimos anos, vêm proliferando soluções de ensino bilíngue no Brasil

Só em 2023, o aumento na procura por escolas bilíngues cresceu 64%.

Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília ficam acima dessa média.

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Existem hoje diversas empresas especializadas em implementar programas bilíngues em escolas regulares,

geralmente focados na língua inglesa:

​o programa chega pronto a qualquer escola que assinar um contrato, esteja ela onde estiver.

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Mas, aqui, eu te faço uma pergunta:

o Brasil está mais bilíngue do que antes?

Ou, se não o Brasil como um todo, vamos pensar somente nos alunos das escolas bilíngues,

cujas famílias investem muito mais na mensalidade do que poderiam pagar numa escola que não prometesse o bilinguismo como diferencial.

Em outras palavras,

quantos dos alunos das escolas bilíngues saem realmente fluentes,

prontos para encarar

toda e qualquer situação em inglês?

Vamos combinar que qualquer taxa abaixo de 90% seria inaceitável,

 

em qualquer país onde um grupo de pessoas tivesse pleno acesso

a aulas, livros, materiais e atividades extracurriculares em inglês?

Então, por que normalizamos que, no Brasil, a baixíssima fluência seja o "normal",

mesmo em camadas sociais mais privilegiadas?

Alguns dados

Dados sobre o conhecimento de inglês do povo brasileiro, coletados numa grande pesquisa quantitativa encomendada pelo governo no ano de 2013, mostram que,

No Brasil, 5,1% da população de 16 anos ou mais afirma possuir algum conhecimento do idioma inglês. [...] Entre os mais jovens, de 18 a 24 anos, o percentual dos que afirmam falar inglês dobra, chegando a 10,3% das pessoas nessa faixa etária.

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Acontece que os entrevistados nessa pesquisa englobam tanto os alunos das escolas mais precarizadas quanto os das escolas de elite. Englobam muitas pessoas fora do ensino regular, há muitos anos ou não. Englobam quem já estudou inglês em cursos privados ou com professoras particulares.

Portanto, se em meio a toda essa variedade de oportunidades com o inglês, apenas 5% dos brasileiros -

e 10% dos brasileiros jovens - declaram ter conhecimento satisfatório no inglês,

 

vamos combinar que esse número é completamente irrisório

e chega a ser vergonhoso para o nosso país?

Os respondentes da pesquisa de 2014 que não estavam fazendo um curso livre de inglês elencaram como principais motivos a falta de tempo (72%) e de dinheiro (65%).

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Por sua vez, dados de 2025 mostram que, dentre aqueles que afirmam não ter conhecimento algum do inglês, também são os dois principais motivos alegados a falta de tempo (33%) e de dinheiro (33%).

Dificuldade de aprendizagem, falta de interesse e experiências negativas prévias com a língua também aparecem como razões para não saber inglês.

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Está claro que esse cenário é terra fértil para a proliferação das escolas bilíngues:

não somente os 5% que falam inglês, mas também as pessoas adultas que enfrentam qualquer um dos obstáculos relatados acima, desejam que seus filhos tenham melhores oportunidades de contato com a língua mais procurada no Brasil e no mundo.

 

Tudo para que possam garantir uma vida mais confortável no decadente mercado de trabalho do capitalismo tardio.

Falando em capitalismo tardio, os cursos livres de idiomas já não atendem tão bem à demanda das famílias que precisam deixar as crianças na escola em período integral, considerando que é cada vez menos comum que a mãe, ou mesmo a avó, fique em casa cuidando dessa criança no contraturno.

 

A escola bilíngue adquire mais uma vantagem aos olhos dessas famílias.

Entretanto, nem tudo são flores. Três grandes desafios se fazem presentes assim que os responsáveis por uma escola começam a considerar a possibilidade de implementar ensino bilíngue.

Vamos refletir sobre eles, e, então, discutir uma opção melhor para que a instituição passe a ter no ensino de línguas um dos pontos mais fortes do currículo.

O primeiro desafio:

custo

Desde 2020 existem diretrizes específicas para o ensino bilíngue no Brasil. Elas estipulam a carga horária mínima que deve ser obrigatoriamente dedicada ao inglês (ou a outra língua), que os professores comprovem um nível mínimo de proficiência na língua em questão, e que sejam também certificados especificamente em Educação Bilíngue. Aqui se delineia um primeiro desafio para implementar um programa bilíngue na escola regular: o custo. Esse tipo de implementação funciona mais ou menos assim: uma empresa especializada oferece material didático e planos de aula prontos, para serem acoplados à grade curricular. Ou seja, é preciso adequar a grade horária, pois os programas bilíngues costumam acrescentar de 4 a 10 horas semanais em inglês, de acordo com o plano contratado. Essa adaptação gera horas de trabalho para a direção e a coordenação pedagógica, que vão precisar replanejar todos os horários de aula da instituição, equilibrando os pratos para não deixar de lado a conformidade com diretrizes nacionais como a BNCC. O custo do programa bilíngue é calculado anualmente. Os programas que apenas entregam livro didático, plataforma online e planos de aula, com um treinamento básico para o professor, cobram de R$600 a R$800 reais por aluno, ao menos na Grande São Paulo. Já os programas mais completos, com sessões de treinamento dos professores, auxílio na avaliação de novos professores a serem contratados, reuniões presenciais de acolhimento das famílias e outros diferenciais, passam dos mil reais, chegando tranquilamente a R$1.500 reais por aluno anualmente. Se pensarmos em mil reais por aluno dentro de 1 ano, não parece um custo tão alto. É fácil repassar esse valor às famílias na mensalidade. Porém, além do investimento no programa bilíngue, essa implementação acarreta nas seguintes demandas para a escola: - remanejamento de aulas de professores, - portanto, possíveis demissões de professores cuja carga de aulas não justifique mais mantê-los (e todos os encargos que essas demissões geram), - contratação de novos professores dentro das diretrizes do ensino bilíngue: licenciatura em sua área, certificação em inglês, curso específico em educação bilíngue. Esses profissionais bilíngues não apenas são caros, com salário médio que varia de 8 a 15 mil reais conforme a especialidade e carga horária que eles assumem. Também são difíceis de encontrar! Lembra? Só 5% dos brasileiros se viram em inglês... Após a contratação, todos os novos e antigos professores terão que ser treinados na metodologia do programa bilíngue escolhido. Assim, o calendário letivo deverá ser adaptado. É preciso ainda fazer os devidos encaixes de agenda pra contemplar também os professores que trabalham em mais de uma escola - e, claro, remunerar essas horas de formação. O custo total chega muito facilmente a 2 mil reais por aluno, anualmente, ao menos no primeiro ano de implementação. Numa escola de 500 alunos, isso equivale a um investimento de um milhão de reais! Nos programas mais básicos, certamente não sai por menos de trezentos mil. Em resumo, a implementação do programa bilíngue acaba saindo muito cara, tanto do ponto de vista financeiro como da estruturação em si, porque exige uma alta carga de trabalho de profissionais muito específicos.

O segundo desafio:

venda

Um segundo ponto é o desafio de vender a ideia às famílias dos alunos. Ainda que o ensino bilíngue esteja em alta, um receio muito comum do brasileiro é que a criança vá confundir as duas línguas, que isso vá atrapalhar o desempenho em língua portuguesa, ou tirar o foco das disciplinas de exatas, percebidas como mais desafiadoras ou mais importantes. Ou ainda, o receio de que tudo vai ficar muito mais difícil, porque o aluno precisará que aprender geografia, história, química, física em inglês. Além disso, muitas famílias acreditam que absolutamente tudo dentro da escola vai acontecer em inglês, até mesmo o atendimento em dependências como a secretaria e a cantina. E vão querer cobrar isso da escola. Não menos importante, existem famílias em que os adultos têm conhecimento baixo ou nulo do inglês (a grande maioria, lembra?), e temem não conseguir acompanhar as crianças na aprendizagem. Sobretudo adultos que já vêm de um histórico de bloqueios, inseguranças, traumas com a aprendizagem de inglês... Esse histórico é extremamente comum entre adultos brasileiros. Você certamente conhece alguém assim. Embora apenas 6% dos entrevistados na pesquisa de 2025 tenham mencionado experiências prévias negativas como razão para não saber inglês, há que se considerar aqueles que, apesar das experiências negativas, aprenderam alguma coisa assim mesmo. Além disso, dentre aqueles que, em 2014, relataram já ter feito ou estar fazendo um curso livre de inglês, 95% tiveram aulas de inglês na Educação Básica. Não é novidade que a carga horária dedicada ao inglês na escola é absolutamente irrelevante para desenvolver conhecimento sólido na língua, mas se, mesmo assim, apenas 5% chegaram a um nível satisfatório... então, a experiência de aprendizagem de inglês da esmagadora maioria dos brasileiros foi frustrante, para dizer o mínimo. Desse modo, a ideia de implementar ensino bilíngue numa escola onde a criança já estuda gera grande alvoroço entre as famílias. É possível que uma parte delas acabem se desligando da escola por não sentir mais conexão com o projeto pedagógico. Primeiro, porque aquele não é o projeto que eles haviam escolhido a princípio, e segundo, porque o programa ainda está sendo implementado, e tem uma espécie de caráter experimental. Pode ser que a família não sinta confiança. Em resumo, a implementação de um programa bilíngue pode acarretar mudanças significativas, e relativamente imprevisíveis, na receita da instituição. Mas o alto custo e a incerteza de retorno não são os únicos obstáculos envolvidos, como veremos a seguir.

O terceiro desafio:

mercado

Mais um desafio para a implementação de um programa bilíngue em qualquer instituição de Ensino Fundamental e Médio é a chamada sofisticação de mercado. É aqui que a coisa complica no longo prazo. A sofisticação de mercado acontece em todas as áreas à medida que se consolidam, e vem acontecendo no mercado de Educação em alta velocidade nos últimos anos. Quer ver um exemplo? Os cursos livres online. Durante a pandemia, surgiam da noite para o dia dezenas de pessoas ensinando a fazer de tudo um pouco na internet - grande parte das vezes sem ter formação alguma para ensinar aquilo, baseadas apenas no próprio achismo. Aos poucos, grande parte dessas pessoas foi desaparecendo do mercado. Hoje, a cada vez que surge um novo coach charlatão, mais trabalhoso é para ele fechar uma venda, do que era alguns anos atrás. Está mais difícil vender cursos online, e não só porque boa parte do público clama pela interação presencial tão relevante na aprendizagem: também porque o público de Educação online está muito mais exigente e seletivo, e não acredita mais em qualquer promessa. O mercado de cursos online vem se sofisticando a ponto de que muitos infoprodutos estão sendo licenciados como cursos de Formação pelo MEC, em caráter de Extensão Universitária ou Pós-Graduação. Existe atualmente um público muito maior para cursos online que custam na faixa de mil a 3 mil reais, por exemplo, do que lá em 2020, quando praticamente ninguém pagava tudo isso. Outro meio em que essa sofisticação de mercado está começando a acontecer são os cursos de Graduação na modalidade EAD. Normas para o credenciamento de instituições e a oferta de cursos superiores à distância foram publicadas em 2017 e reformadas em 2025, e hoje estamos presenciando um acirrado embate entre preço e qualidade: de um lado, instituições de ensino superior que querem apenas vender cursos, principalmente licenciaturas, por mensalidades na casa dos 100 reais. Do outro lado, a premente necessidade de regulamentação desse tipo de oferta dentro de padrões mínimos de qualidade. A tendência, caso a justiça seja feita, é que os cursos ruins desapareçam. Consequentemente, a concorrência entre candidatos a estudar nas instituições que oferecem cursos de qualidade será alterada. Agora, o próximo meio em que isso vai acontecer é o ensino bilíngue.

A reviravolta do ensino bilíngue

Se nas últimas duas décadas a educação bilíngue foi ganhando espaço, e já existem diretrizes nacionais específicas para esse segmento, isso significa que a sofisticação desse mercado já está em curso.

Aos poucos, as propostas mais amadoras vão desaparecendo.

Sim... existem muitas propostas amadoras. Muitas, mesmo.

Existem muitas escolas juntando três ou quatro professores de inglês, durante uma semana de janeiro, para criar uma espécie de "programa bilíngue próprio”.

Com base em quê? Em um sofrível misto de achismo com experiência pessoal, complementado por estudos completamente desatualizados no campo da Linguística e da Educação.

Existem, ainda hoje, escolas onde os professores não têm a formação específica para a Educação Bilíngue exigida pela lei.

 

(Até porque as formações para Educação Bilíngue pouco ou nada contemplam as necessidades específicas do aprendiz brasileiro. Ainda está tudo muito cru. Mas isso é uma outra história).

E existem, principalmente, propostas que prometem ensino bilíngue e entregam uma tentativa caricata de ambiente monolíngue,

reprimindo o acesso ao aprendiz a qualquer recurso da língua materna, numa tentativa de simular o ambiente de um país estrangeiro elitista e excludente.

Dessa forma, as famílias não percebem resultado na aprendizagem.

E isso já está começando a acontecer.

Assim, o mercado vai se sofisticando.

Em outras palavras, as propostas amadoras vão desaparecendo. E o custo de um bom programa bilíngue sobe.

Porque os programas das instituições, digamos, “sérias”, que permanecerão no mercado quando as amadoras deasparecerem, vão criando cada vez mais mecanismos de diferenciação entre si: estratégias, produtos, entregáveis, experiências para se diferenciar da concorrência... tudo que, obviamente, encarece ainda mais a experiência toda.

Esse é o atual panorama do ensino bilíngue envolvendo língua inglesa nas escolas particulares brasileiras:

caro, de implementação trabalhosa, compensação financeira não garantida no curto prazo, famílias cada vez mais exigentes e desconfiadas... e esses desafios só vão se intensificar cada vez mais.

Mas agora você conhecerá outro caminho, de custo mais baixo, implementação simples, com potencial de conquistar adesão das famílias de imediato, capaz de gerar lucro mais rápido para a escola que implementá-lo,

e extremamente eficaz para o aprendiz brasileiro.

Mas quem sou eu para te dizer tudo isso?

Pois é, ainda não me apresentei. Meu nome é Marina Grilli. Basicamente venho dedicando esses meus quase 20 anos de carreira a responder a uma única pergunta:

como levar o brasileiro a aprender outra língua de maneira eficaz?

Lá em 2006, comecei a estudar Pedagogia e a lecionar inglês para todas as idades, em escola de idiomas. Logo vi que o método da escola, aquele que era tão bem transmitido, em detalhes, em um treinamento de 15 a 20 horas de duração, não era tão fácil de aplicar na prática. Porque os alunos eram imprevisíveis. Assim é o ser humano, não é? Há quem chegue à aula alvoroçado por um ocorrido na escola. Há quem tenha faltado na semana anterior e fique completamente perdido. Há quem esteja com sono, com fome, doente ou apaixonado. Há quem tenha preocupações que parecem mais importantes do que discorrer sobre sua cor preferida em outra língua (espera-se que todo mundo tenha mais o que fazer do que pensar nisso). Passei por algumas escolas de idiomas diferentes, com metodologias totalmente diferentes, mas ficava aquela sensação de que faltava alguma coisa. Em 2010, fui estudar Letras, aprendi alemão, ganhei bolsas de estudos em cursos avançados de alemão. Inclusive uma bolsa para estudar um período na Alemanha, com tudo pago. Comecei a dar aulas de alemão para turmas. E também não consegui acertar no tal do método! Os meus alunos gostavam das minhas aulas, porque nessa altura eu já tinha desenvolvido aquela capacidade de improviso que toda professora um pouco mais experiente já tem. Mas o resultado desses alunos, era impossível prever. Eu chegava na sala pensando, "vou tentar e ver no que dá". (Quem nunca, né?) Em 2015 eu continuava intrigada com esse fracasso. Entrei no mestrado para pesquisar ensino bilíngue - no caso, envolvendo o alemão. Descobri muita coisa importante, tive artigo publicado em revista científica alemã, mas o principal foi aprender que nem mesmo os brasileiros que já sabiam inglês se sentiam à vontade para experimentar com o alemão. Os resultados de aprendizagem de uma terceira língua, mesmo por quem já tinha aprendido uma segunda língua, não corresponderam ao que se prevê nas pesquisas internacionais nesse âmbito: um aprendiz mais maduro, autônomo, com menos medo de errar e mais consciência do próprio processo de aprendizagem. Comecei a refletir: e se o problema estiver no brasileiro? Fui fazer doutorado. Me aprofundei em teorias pedagógicas, estudei questões sociais do Brasil e da América Latina, que não são ensinadas nos cursos de Letras. Fiz pesquisa de campo, análise de dados, publiquei bastante, e cheguei a uma conclusão original: para meu alívio, e de todos nós, o problema não está no aprendiz brasileiro. Imagina, o brasileiro é capaz de tudo!

O problema está nas concepções de língua e de ensino que ainda vigoram por aqui.
Boa parte delas, desde o início da colonização.

De forma muito resumida: o povo brasileiro não se sente autorizado a experimentar com outras línguas porque sente que a língua pertence aos outros. Aos povos dos países hegemônicos.

É por isso que qualquer metodologia de ensino partindo das concepções tradicionais de língua e de ensino falhou, falha e falhará em cada uma das instituições de ensino brasileiras onde ele for implementado - salvo raras exceções, geralmente de alunos com interesse e aptidão para a língua acima da média, que aprendem apesar do método.

Mas é claro que, essa parte, ninguém conta nos treinamentos de programas prontos.

A solução

desenvolvida a partir de pesquisa científica,
que já gerou resultados incríveis para os alunos de cerca de mil professores de várias línguas e de todo o Brasil,

une três pilares de embasamento teórico.

Mas não em teorias da Linguística lá de 1970, largamente ultrapassadas. Aqui, partimos de bases atualizadas, da Linguística Aplicada contemporânea, relevantes para a realidade do aprendiz brasileiro.

O primeiro pilar é o conceito de Descolonizar.

Tirar os óculos com esse filtro de Estados Unidos e Europa, que nos levam a fingir que a aula de língua está acontecendo em outro país,

 

e que não nos permitem enxergar o nosso próprio aluno e suas particularidades.

 

Sem essa postura, não há chance de o ensino funcionar. É o que comprovam as estatísticas de fracasso do nosso povo ao tentar aprender inglês, não é?

O segundo pilar é a Práxis pedagógica.

Aquela mesma, do Paulo Freire.

 

Porque não basta enxergar o aluno: o ensino precisa partir da realidade concreta desse aluno.

Língua é prática social: se não há conexão com a vida social do falante, não existe aprendizagem verdadeira. Não existe fluência.

E o terceiro pilar é a Pedagogia Pós-Método,

superando a ideia de seguir métodos prontos, enlatados, meras cópias do que é desenvolvido em países distantes,

 

e capacitando os professores para construir um ensino leve e eficaz.

É assim que a gente ensina inglês, ou qualquer outra língua de prestígio:
  • usando qualquer material didático ao qual os professores ou os alunos já tenham acesso,

 

  • sem precisar de um planejamento de aula mirabolante, super detalhado, que consome horas e horas de trabalho da professora nos fins de semana e feriados,

  • sem precisar nem mesmo de recursos “inovadores” que, geralmente, não passam de joguinhos no tablet.

É assim que a gente leva o nosso aluno a falar espontaneamente, sem ter que ficar insistindo que ele não tenha medo, não tenha vergonha, que não tem problema errar... tirando o foco desses aspectos negativos que rondam como uma sombra a aula de língua.

Eu chamo esse jeito de ensinar Além da Língua.

Depoimento Além da Língua

Porque ele vai muito além do que se faz por aí, tanto em aulas de língua regulares, como nos programas bilíngues.

Afinal, mesmo que esses programas contem com aulas que ensinam mais do que língua, que ensinam conteúdo curricular em outra língua, faltam neles os três pilares do ensino voltado para o público brasileiro.

 

Do ensino que foi pensado especificamente para o aprendiz brasileiro, e não só adapta métodos importados.

 

Do ensino que considera todo o histórico linguístico compartilhado pelo povo brasileiro, as crenças sobre língua e aprendizagem de língua que já estão muito enraizadas em cada um de nós desde a primeira infância, e claro, o contexto socioeconômico daquele grupo específico de alunos.

 

Aqui, a gente transforma qualquer livro, vídeo, notícia ou meme - mesmo em português! - em conteúdo de aula de outra língua, motivando o aluno do jeito certo. E sem que a professora precise se desdobrar para isso.

Por que implementar o ensino Além da Língua na sua escola?

O motivo central, naturalmente, é oferecer um ensino de inglês - ou de outra língua - que leve o aluno a falar de verdade.

É possível prometer proficiência perfeita com duas ou três horas semanais dedicadas à língua, dentro de três anos, por exemplo? Não.

Mas fluência, sim, a gente pode prometer! Porque fluência é falar sem medo, sem vergonha, sem travas, sem bloqueios. É entender o outro, é conseguir estabelecer uma comunicação significativa com o outro.

 

Tudo isso considerando cada um dos imprevistos e mal-entendidos que podem surgir numa situação comunicativa entre duas ou mais pessoas que não têm a gramática perfeita, o vocabulário digno de um dicionário, a pronúncia sem nenhum sotaque (até porque isso não existe).

​​

Fluência é a comunicação real que vai muito além daquilo que se pode controlar no ambiente de aula. E isso, o ensino Além da Língua entrega.

Com estratégias específicas, testadas e validadas, o professor que ensina Além da Língua consegue ativar a fluência do aluno desde a primeira aula. O planejamento não toma mais tempo do que preparar uma aula tradicional.

E para implementar o ensino Além da Língua, são necessários apenas alguns encontros de formação dos professores de inglês (espanhol, francês, italiano, alemão) da instituição.

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Atenção para a palavra Formação, em vez de "Treinamento".

É muito triste que formação e treinamento tenham adquirido status de palavras sinônimas. É um marco muito sintomático do momento de imediatismo, de busca por respostas prontas e superficiais, que estamos vivendo. Porque é isso que um treinamento entrega.

O treinamento para aplicar um método de ensino, seja de um programa bilíngue, seja de uma escola de idiomas, capacita a reproduzir algo que já foi pensado. Não capacita a pensar de verdade, a analisar, a julgar, a produzir soluções criativas para um determinado problema.

Lembra da Taxonomia de Bloom? Segundo essa teoria, os atos de lembrar, compreender e aplicar perfazem apenas a metade mais simples do processo de aprendizagem. Os métodos e programas prontos para implementar propõem apenas isso - não necessariamente ao aluno, mas ao professor.

 

Compreende a gravidade do problema?

Se um professor não é capacitado a pensar com total autonomia, em alto nível de abstração, como é que ele vai ensinar o aluno a pensar dessa forma... sobretudo em outra língua?

Por isso, para ensinar Além da Língua, não existe treinamento. Existe Formação.

Passando por ela, qualquer professor de inglês, ou de outra língua de prestígio, torna-se capaz de criar as próprias aulas.

 

Para qualquer público, de qualquer idade, em qualquer nível de conhecimento.

Não precisa contratar professores novos.

 

Não precisa mobilizar toda a equipe da escola.

 

Não precisa trocar o livro didático que a escola já usa, ou gastar um único real em qualquer material que a escola já não tenha.​

Partir da realidade, lembra?

E não precisa renovar todo esse investimento a cada ano:

 

o custo de implementação do ensino Além da Língua é único, porque capacita para a autonomia, e não para reproduzir planos de aula pensados pelos outros.

 

Embora esse custo varie de acordo com o período de acompanhamento e com o número de professores que participam da Formação, ele se mantém significativamente abaixo do milhão de reais.

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A melhor parte é:

 

mesmo se tratando uma solução de custo bem mais acessível do que um programa bilíngue pronto, a escola sai à frente da concorrência.

 

Porque detém o diferencial do ensino de língua que leva o aluno a falar pra valer. Um ensino que não é focado em seguir o livro e decorar a gramática.

 

É isso que o cliente quer, é isso que a família quer:

que a criança fale.

Quando se ensina Além da Língua,
o aluno atinge com folga todos os objetivos de língua estrangeira determinados pela BNCC.


Inclusive os de oralidade.

Porque trabalhamos com estratégias de ativação da competência plurilíngue do aluno brasileiro.

Em vez de achar que tem que ser tudo em inglês, reprimir o português para o aluno aprender a “se virar”, e assim acabar apenas criando uma enorme tensão na hora de falar, ensinar Além da Língua é brincar com recursos de outras línguas de forma estratégica.

Assim se supera por completo a ideia de que inglês é algo difícil, e que não faz parte da realidade do aluno. Isso é Descolonizar o entendimento do que é ensino.

As estratégias para ensinar pronúncia Além da Língua, por exemplo, são totalmente diferentes daquela chatice de ficar repetindo palavras soltas.

Aqui, ao contrário da ilusão de imitar nativo, o aluno é levado a entender qualquer interlocutor com quem estiver conversando - que nem sempre será um nativo, ou melhor, geralmente não será. Isso é Descolonizar o entendimento do que é língua.

Para a professora, existem estratégias de planejamento de aula em dez minutos.

Basta fazer as perguntas certas na ordem certa: elas apresentam o conteúdo já de forma contextualizada, e ainda integram a prática da escrita na aula.

 

Afinal, desenvolver a escrita é uma preocupação grande em tempos digitais e de inteligência artificial... e quem ensina Além da Língua não encontra dificuldade alguma nisso.

 

Porque trabalhamos o uso da língua de forma integrada. Sem separar em quadradinhos o momento de leitura, de escrita, de audição e de fala.

Porque essa separação é artificial, e pode mais atrapalhar do que ajudar.

 

Isso é ensinar conforme os princípios da Pedagogia Pós-Método.

Mas ensinar Além da Língua não é um ideal bonito e de pouca utilidade prática. Muito pelo contrário... ideias que encontram pouco ou nenhum espaço na realidade concreta são justamente os métodos prontos, né?

 

Aqui, oferecemos modelos de sequência didática para todos os níveis. Porque autonomia total no planejamento de uma aula leve e eficaz não é algo que se conquista a partir de estratégias soltas. É preciso começar do exemplo concreto.

Do jeito que deve ser na Práxis pedagógica.

Diante desse panorama, é preciso analisar:

Quantas escolas hoje conseguem anunciar que garantem a fluência do aluno, dentro daquilo que é esperado de acordo com o ano escolar?

Quantas escolas formam falantes de inglês que se expressam de forma espontânea, que sabem se virar de verdade em qualquer situação, sem bloqueio, sem pavor, sem ter que recorrer ao ChatGPT?

As estatísticas dos últimos dez anos provam: praticamente nenhuma.

Esse é um excelente motivo para garantir o ensino Além da Língua como diferencial na sua escola.

Começando agora mesmo, sem precisar esperar o próximo semestre ou o ano que vem, sem repensar toda a grade de aulas.

 

Porque vamos implementar estratégias de ensino Além da Língua dentro da estrutura que a sua equipe já tem.

E assim vamos fazendo o nosso papel, o nosso trabalho de formiguinha, para construir um Brasil mais plurilíngue.

 

Para devolver ao povo brasileiro o acesso a múltiplos recursos linguísticos, que nos vem sendo retirado desde o início da colonização.

Para resgatar a voz dos nossos alunos em outra língua, com autonomia e confiança, por meio de um ensino leve e eficaz: leve para a escola, eficaz para o aluno.

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